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Olá, eu sou Karyne Paiva, designer instrucional da Móri, e preparei o conteúdo de hoje.

Antes de começarmos, vamos fazer uma breve reflexão:

Imagine que você tenha iniciado um curso online sobre um assunto que te interessa muito.

Você está realmente muito animado porque é um curso que já está querendo fazer há algum tempo, seja por gostar muito do tema ou porque acredita que ele pode te ensinar algo de muito valor ou que vai mudar a forma como você faz algo.

Mas aí, você entra na sala de aula online e sente que tudo está meio jogado ou sem conexão com você ou com o que você precisava. Você não se identifica com as atividades, e parece que elas não se conectam com a sua realidade. Não é que o professor seja ruim, ou que o conteúdo seja superficial, simplesmente não há conexão com você. Até no fórum de interação entre alunos, quando você entra, percebe que ninguém responde nada, e os alunos não interagem entre si.

No final, você nem entende o porquê disso, já que estava tão entusiasmado no início e acaba acreditando que o problema é com você, por não ter a “disciplina” necessária para realizar o curso.

Na verdade, isso é muito comum! E fique tranquilo, não tem nada de errado com você. Além de todos os problemas de design instrucional que este curso pode estar enfrentando, há questões relacionadas ao design afetivo.

Quando falo de Design Afetivo, não estou me referindo apenas a tornar o curso mais atraente visualmente, mas a buscar maneiras de gerar conexões emocionais e promover uma experiência significativa para o usuário. Isso vai desde a seleção de exemplos utilizados em videoaulas e materiais escritos, até a seleção de atividades adequadas ao perfil e às expectativas dos usuários. Detalhes simples, como iniciar um curso às 19:30h porque seu público específico tende a trabalhar até as 18:00, ou permitir que alguém tenha flexibilidade no horário ou formato de atividade devido a uma necessidade específica, são decisões de design afetivo. Além disso, a linguagem, a estética, as imagens, a tipografia, tudo o que se percebe e sente, deve ser trabalhado em favor da aprendizagem.

É só lembrarmos de nossa infância, quando tínhamos aulas com nossos professores preferidos.

Sabe aquela sensação de segurança, empatia e identificação com o conteúdo que tínhamos na época da escola? É isso que o design afetivo faz com o curso online (seja ele síncrono ou assíncrono).

A ideia aqui não é criar apenas um aprendizado eficiente, mas criar um ambiente emocionalmente acolhedor.

É aquele sentimento de pensar:

“Puxa vida, acho que esse curso foi criado especialmente para mim!”

Porque quando temos uma experiência positiva e uma conexão emocional com o conteúdo, nos sentimos animados e incentivados a dar continuidade aos nossos estudos. Em uma era onde o conteúdo é abundante, precisamos de estratégias para cuidar do engajamento.

Por isso, o design afetivo precisa ser incorporado em cada elemento dos cursos online – ele é a chave para transformar a interação educacional em uma jornada emocionalmente rica e motivadora.

Na Móri, acreditamos firmemente nisso! Nossos cursos são elaborados com muito carinho, para que o conteúdo ensinado gere valor na vida dos alunos.

Já que tudo que é pensado com afeto e cuidado gera uma experiência que vale a pena ser vivida.

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